Esse é o diário de um melancólico. O período em que fico sem escrever aqui é o período que se pode chamar de viver.
Para mim, escrever é externar angústias de alguém que sofre a cada intervalo de tempo. Que tempo é esse? Ainda não tão racional (ou irracional) para fazer essa medição.
Assim como tomo remédio para passar o resfriado, escrevo na esperança de que a escrita sirva como um analgésico para minha depressão.
O centro da minha vida é o meu trabalho. Sei que não poderia ser assim, mas simplesmente é. Se o trabalho de certa forma sai fora do eixo, todo o restante da minha vida, que orbita em torno desse eixo, é penalizado, pois eu minimizo esforço para os orbitantes, para concentrar energia total no centro.
E é nesse movimento que a merda está feita. O centro consumindo cada vez mais energia. Sabe aquela teoria de que o sol vai sugar todos os planetas até que aconteça uma nova explosão e tudo recomece? Isso acontece a cada certos períodos da minha existência.
Enquanto houver melancolia, haverá escrita.