segunda-feira, 28 de novembro de 2011

domingo, 27 de novembro de 2011

Por um Estado plenamente laico

Contra PEC 99/2011, precisamos de 5000 assinaturas

PEC99, projeto de emenda à Constituição do deputado João Campos (PSDB/GO), pretende discriminar minorias de crença ao dar o privilégio de propor ações de constitucionalidade ou inconstitucionalidade a associações religiosas. Muitas crenças no Brasil são descentralizadas e não têm interesse em serem reconhecidas pelo Estado na forma de associação. As circunstâncias em que esta proposta se dá denunciam as intenções do deputado e os assinantes da proposta: impor sua versão de cristianismo particular a todos os cidadãos brasileiros, negando direitos que esta vertente quer negar a parte da população. É um assalto ao artigo 19 da Constituição. Se os correligionários de João Campos respeitam a Constituição, por que pretendem mudá-la para interferir na estrutura de poder? Nós, irmãos na discordância, felizes de compartilhar um Estado laico, que não subvenciona nem atrapalha religiões, dizemos não.

sábado, 26 de novembro de 2011

Homo com H - Pelo respeito à diversidade

Meu amigo Angelo Miguel e sua equipe de faculdade fez uma reportagem intitulada "Homo com H - Pelo respeito a diversidade" e eu sou um dos entrevistados.

Seguem os links para vocês ouvirem pelo Sound Cloud:

Parte 1 - http://soundcloud.com/angelomiguel/homo-com-h-pelo-respeito
Parte 2 - http://soundcloud.com/angelomiguel/homo-com-h-pelo-respeito-1

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Adele - Someone like you


Sei que não ando acompanhando os lançamentos e as notícias, mas às vezes é bom deixar a poeira baixar e daí comentar. Dando continuidade a essa "estratégia", estou postando o novo clipe da Adele, Someone like you. E só posso dizer uma coisa: Linda!!!

Ela é linda e o clipe é de uma simplicidade, mas emociona muito. Sabe quando você está mal, na fossa e daí coloca aquela música deprê para chorar? Se eu estivesse mal, eu escolheria essa música para afogar as mágoas e iria chorar só de ver a cara triste da Adele.

Todo em preto e branco, o clipe foi gravado quase todo em uma tomada enquanto ela caminha pelas ruas de Paris. Imagine, caminhar nas ruas de umas das cidades mais românticas do mundo, sem o seu amor, sabendo que ele já está bem, com um novo amor e, pior, está casado. Não é para chorar mesmo?

"Às vezes o amor dura,
Mas, às vezes, fere em vez disso, yeah"

Vamos nos informar!!!

O post de hoje é uma seleção de 3 artigos publicados na revista Carta Capital. Vale a pena a leitura na íntegra desses artigos e a reflexão sobre os temas levantados.

  • O primeiro tem um título muito bom 'Não saiam do armário' e é do articulista Matheus Pichonelli. Nesse artigo Pichonelli faz uma compilação das pérolas  do vereador paulistano Carlos Apolinário. Veja um trecho:
Carlos Apolinário é uma espécie de Harvey Milk às avessas. Ao contrário do político americano, que nos anos 1970 instigou a comunidade gay de São Francisco a assumir a homossexualidade como parte de um processo de afirmação (e sobrevivência), o vereador paulistano, eleito pelo DEM, acredita que a aceitação, nos novos tempos, passa pelo caminho inverso: “Se o cara não quiser sair do armário, deixa ele no armário, pô. Hoje em dia a pessoa vai para a televisão e só falta dizer: ‘não basta ser gay, tem que participar’”. (www.cartacapital.com.br/politica/nao-saiam-do-armario/)

  • O segundo artigo também é Pichonelli com o título ‘Nada contra, mas…’. A reflexão é muito boa. Traz vários elementos do primeiro artigo, acrescentando comentários que sempre ouvimos das pessoas. Ainda vou postar algo no mesmo sentido desse artigo aqui no blog. Segue um trecho:
Existem várias maneiras de se esconder o preconceito num discurso aparentemente amigável às minorias no Brasil. Uma delas é quando a discussão, no bar, nas escolas ou nos fóruns eletrônicos da internet tem início com uma espécie de vacina contra uma possível blitz politicamente correta: “não tenho nada contra essas pessoas, mas…” (www.cartacapital.com.br/politica/os-perigos-do-nada-contra-mas/)

  • Por último, a indicação é de um artigo de Jean Wyllys, com o título "O começo de uma teocracia no Brasil?". Este artigo merece de fato a nossa atenção pelo fato das tentativas do deputado João Campos de viabilização da PEC n° 99 de 2011, chamada por Wyllys de 'PEC da Teocracia'. Fora isso há uma ótima explicação sobre estado laico. Segue um trecho:
Qual seria o sentido em se admitir “associações religiosas” entre os legitimados a darem início ao processo de “controle concentrado de constitucionalidade” se a finalidade institucional das entidades confessionais não é promover a supremacia da Constituição, mas, sim, desenvolver a fé em seus adeptos? Ora, se o Estado é laico – como o é o brasileiro desde 1980 – questões de cunho moral e místico não podem ser parâmetro nem para a elaboração das normas nem para o seu controle. Valores espirituais não podem ser impostos normativamente ao conjunto da população, nem de forma afirmativa nem por via reflexa do controle, sob pena de violar a laicidade do Estado. (www.cartacapital.com.br/sociedade/o-comeco-de-uma-teocracia-no-brasil/)

Nossas lutas como homossexuais devem ser pautadas na informação. De nada adianta sair praticamente pelado na rua no dia da parada ou poder dar uns amassos na avenida em plena luz do dia e não saber o que está acontecendo no mundo da política. Temos que brigar por representatividade nas câmaras, no Senado. A busca pelos nossos direitos deve acontecer todos os dias.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Para ficar mais fácil, tem que desenhar...


Este vídeo que eu postei é bacana, pois traz argumentos baseados em estudos científicos. Só não gosto do vídeo 100%, porque os personagens são muito caricatos, principalmente a lésbica. Foi só uma escolha para deixar clara a orientação sexual dos personagens ou é esteriótipo criado pela sociedade e que acabou influenciando o traço do autor do vídeo?

Para a sociedade é muito difícil aceitar que o cara gostosão, fortão e que as mulheres se derretem seja gay, ainda mais que ele seja passivo. E a mulher extremamente feminina, que gosta de ir ao cabelereiro e de se cuidar é impossível que seja lésbica, ainda mais a ativa. Para muitos, ser gay é ser a passiva, a afeminada, a bicha (não é por acaso que o artigo está no feminino). Os trabalhos se limitam ao salão de cabeleireiro ou a trabalhar com enfermagem. Não é diferente para as lésbicas! Elas só podem ser descuidadas, gostar de carros e parecer muito com homem. Falando no parecer, se você fala que é passivo, corre grande risco das pessoas acharem que você na verdade quer ser mulher.

Ser gay também é uma ameaça para todos os relacionamentos, pois, ao que parece, temos o poder de levar qualquer homem para cama. Certa vez uma amiga minha estava comigo e precisa ligar para o marido, mas estava sem créditos e ela usou o meu celular. Em outro dia, eu iria sair com essa amiga e o marido dela precisava falar com ela, mas não conseguia, então ele ligou para mim e quando eu fui dar o recado ela ficou meio que desconfiando de mim. Querendo saber como o marido dela tinha o meu telefone. Até eu fazer o remember da história.... Não foi nada trágico, mas foi meio contrangedor.

Enfim, existem várias maneiras de nos expressarmos na sociedade. Existem gays e lésbicas de todas as formas. Isso não exclusividade nossa, não. Também há vários tipos de héteros e é assim que a sociedade funciona há muito tempo!!! O problema geral é tentar colocar as coisas em caixinhas pré-determinadas e rotular as pessoas. Todos somos múltiplos, não precisamos nos por limitações.

domingo, 20 de novembro de 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Entrevista

Foi publicado meu perfil no site "Entre Homens" na seção intitulada "Papo Aberto". Segue o link:

http://homensquentes.zip.net/arch2011-11-01_2011-11-30.html#2011_11-16_20_54_20-166899335-26

Lá eu conto um pouco de mim e das minhas preferências. Lendo, vi que fui um pouco sucinto, hehe.

O site "Entre Homens" está com uma das indicações do blog e gostaria de elogiar o trabalho dos meninos. São várias as pessoas que já publicam seus perfis, que conferem as indicações de livros, de filmes, assim como as notícias do mundinho.

Fora isso, eles publicam fotos de homens! Muitos homens, mas tudo no maior requinte. São fotos de muito bom gosto e eles escondem o PINTO dos meninos (às vezes é bom ficar só na vontade).

Vejam o meu perfil lá no site e aproveitem tudo que tem lá também.

Revista Trip – Até quando?

Estava mexendo no meu Twitter (@willrev) e acabei de ler uma matéria indicada no Twitter do Deputado Jean Wyllys (@jeanwyllys_real).

Essa reportagem é da Revista Trip é da edição 204 que traz dois surfistas se beijando. O texto é de Lia Hama e fala sobre a frequência dos assassinatos de homossexuais. Vejam abaixo a chamada da reportagem e, em seguida, o link para a reportagem completa. Fica a indicação pela abordagem chocante que eles fizeram sobre esse assunto que temos que debater todos os dias até que a homofobia vire crime.

"A cada 36 horas um homossexual é assassinado em crimes relacionados à homofobia no Brasil. Foram pelo menos 260 homicídios de gays, travestis e lésbicas no ano passado. Apesar dos inegáveis avanços que ocorreram nas últimas décadas – como a decisão histórica do STF de reconhecer a união estável entre pessoas do mesmo sexo –, ainda há um longo caminho a percorrer em direção a uma sociedade que, de fato, respeite a diversidade sexual. Trip conversou com líderes do movimento LGBT, terapeutas e políticos. Eles concordam que o próximo passo é a aprovação do projeto de lei que criminaliza os atos de homofobia"

http://revistatrip.uol.com.br/revista/204/reportagens/ate-quando.html

Rumour Has It / Someone Like You (Glee Cast Version)


Glee + Adele = Amo ainda mais esse seriado e cada vez gosto mais de Adele!

No seriado já tivemos uma versão repaginada de 'Rolling in the Deep' (dueto de Rachel e Jesse). Depois veio a versão de Gwyneth Paltrow (professora Holly Holliday) para 'Turning Tables'. No entanto a mais bafônica de Adele é no sexto episódio da terceira temporada com mash up de 'Rumour Has It' com 'Someone Like You'.

Essa versão traz as lindas vozes de Mercedes e Santana. Sem desmerecer Mercedes, adoro a presença de palco que a Santana tem. Ela passa uma energia e uma confiança no que está fazendo. A grande revelação dela foi cantando 'Valerie' na segunda temporada.

Enfim, eu sou mega fã de Glee. Com essas versões, então, não tem como deixar de assistir.


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Glee – First Time

O quinto episódio da terceira temporada de Glee que trata sobre a perda da virgindade foi duramente criticado por setores da sociedade americana. No episódio, os casais Finn/Rachel e Blaine/Kurt têm suas primeiras vezes.

Assisti ao episódio tão comentado e achei que o tema foi tratado de maneira tão bonita e especial. Ao contrário das críticas, que mencionam que a série estaria incentivando adolescentes a fazerem sexo, acredito que o episódio prestou um serviço à sociedade, ao tratar do tema que povoa a cabeça de todos os adolescentes. Fico pensando no que seria "melhor": deixar o telespectador sem essa evolução na série, como se eles transassem e ninguém tem nada com isso, ou apresentar uma versão para a primeira vez de forma trágica, tentando convencer as pessoas a não fazerem sexo?

Ryan Murphy, criador da série, fez uma abordagem sincera do tema, sem mistificar o tema, tratando-o de forma natural. Como é uma série da qual muitos adolescentes são fãs, ele apresentou as primeiras vezes dos casais para demonstrar a evolução dos relacionamentos. Com isso, foi apresentado dois casais que realmente se amam e que fizeram sexo com a certeza do que estavam fazendo, sem pressão de amigos ou para estarem na moda.

O episódio tratou do tema, sem deixar ninguém traumatizado – a guria transa e engravida ou pega doença, sei lá. Como falei, o amor foi tratado em primeiro plano, o sexo apareceu como uma evolução dos relacionamentos. Porém, em qualquer sociedade é mais fácil ser hipócritas e acreditar que ninguém faz sexo e condenar quem pensa em fazer do que ter uma conversa franca com seus filhos e amigos.

Quem me dera ter vivido a minha primeira vez de forma tão bonita como a do Kurt e a do Blaine. Quem me dera só eu ter tido uma experiência ruim. Primeira vez, geralmente não é a melhor experiência para ninguém. Porém no mundo gay pode ser ainda pior. Quantas pessoas eu conheço que perderam a virgindade no banheiro da balada ou em qualquer canto escuro sem mal conhecer a pessoa com estavam mantendo relações?

O que é melhor, tratar do tema de maneira natural ou fingir que ninguém faz sexo?

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Nanini

Esse mundo é muito estranho mesmo! Acho que nós gays não vamos cansar de falar: O que as pessoas têm com a nossa vida sexual?". Todos fazem sexo, mas o nosso deve ser muito mais atraente, porque todos se importam com quem estamos fazendo.
Brincadeirinhas a parte, estou escrevendo este post para falar das matérias sobre a "saída do armário" do Marco Nanini. Pras desinformadas, vamos recapitular. Há alguns dias, Nanini, em entrevista à revista Bravo, falando de relacionamentos, disse: "Moro sozinho no Rio de Janeiro, em uma casa, com três cachorros. Às vezes, pintam umas namoradas, uns namorados... Namoradas, não. Namorados... Mas, se não pintam, sem problemas. Já vivi o que necessitava viver nesse seara".

Bacana, o Nanini comentando a sua vida pessoal e tal. Sabemos agora que ele se relaciona com homens. Pronto! Voltando a cuidar cada um da sua vida. Not! Vamos especular sobre o assunto, dizer que ele saiu do armário, fazer lista das pessoas que saíram, pedir opinião de especialistas e tudo mais.
Numa das numerosas reportagens que saíram sobre o assunto, li um comentário ótimo, dizendo que as pessoas preocupadas com a orientação sexual dos outros deveriam buscar ajuda psicológica, porque é uma preocupação. Eu acredito nisso também.

Mas o mais bafo dessa história, foi uma outra declaração que o Nanini deu em resposta ao furdunço todo: "Eu nunca entrei no armário para poder sair dele. Muito menos num closet. Nada mudou na minha vida depois disso. Aliás, nem antes e nem depois. O que eu falei está ali, dito, escrito e registrado. Não quero ficar especulando mais sobre esse assunto". ADORO!!!

Sem brinks novamente, achei positiva a atitude dele comentar assim numa boa, tentando deixar as coisas de forma natural. Porém a imprensa se comporta igual mãe de gay: enquanto você não conta para ela, tudo bem. Ela sabe que você é, mas como você nunca disse, é como se você fosse hétero. Mas a partir do momento que você conta, prepare-se, pois sua vida nunca mais será a mesma.