terça-feira, 22 de novembro de 2011

Vamos nos informar!!!

O post de hoje é uma seleção de 3 artigos publicados na revista Carta Capital. Vale a pena a leitura na íntegra desses artigos e a reflexão sobre os temas levantados.

  • O primeiro tem um título muito bom 'Não saiam do armário' e é do articulista Matheus Pichonelli. Nesse artigo Pichonelli faz uma compilação das pérolas  do vereador paulistano Carlos Apolinário. Veja um trecho:
Carlos Apolinário é uma espécie de Harvey Milk às avessas. Ao contrário do político americano, que nos anos 1970 instigou a comunidade gay de São Francisco a assumir a homossexualidade como parte de um processo de afirmação (e sobrevivência), o vereador paulistano, eleito pelo DEM, acredita que a aceitação, nos novos tempos, passa pelo caminho inverso: “Se o cara não quiser sair do armário, deixa ele no armário, pô. Hoje em dia a pessoa vai para a televisão e só falta dizer: ‘não basta ser gay, tem que participar’”. (www.cartacapital.com.br/politica/nao-saiam-do-armario/)

  • O segundo artigo também é Pichonelli com o título ‘Nada contra, mas…’. A reflexão é muito boa. Traz vários elementos do primeiro artigo, acrescentando comentários que sempre ouvimos das pessoas. Ainda vou postar algo no mesmo sentido desse artigo aqui no blog. Segue um trecho:
Existem várias maneiras de se esconder o preconceito num discurso aparentemente amigável às minorias no Brasil. Uma delas é quando a discussão, no bar, nas escolas ou nos fóruns eletrônicos da internet tem início com uma espécie de vacina contra uma possível blitz politicamente correta: “não tenho nada contra essas pessoas, mas…” (www.cartacapital.com.br/politica/os-perigos-do-nada-contra-mas/)

  • Por último, a indicação é de um artigo de Jean Wyllys, com o título "O começo de uma teocracia no Brasil?". Este artigo merece de fato a nossa atenção pelo fato das tentativas do deputado João Campos de viabilização da PEC n° 99 de 2011, chamada por Wyllys de 'PEC da Teocracia'. Fora isso há uma ótima explicação sobre estado laico. Segue um trecho:
Qual seria o sentido em se admitir “associações religiosas” entre os legitimados a darem início ao processo de “controle concentrado de constitucionalidade” se a finalidade institucional das entidades confessionais não é promover a supremacia da Constituição, mas, sim, desenvolver a fé em seus adeptos? Ora, se o Estado é laico – como o é o brasileiro desde 1980 – questões de cunho moral e místico não podem ser parâmetro nem para a elaboração das normas nem para o seu controle. Valores espirituais não podem ser impostos normativamente ao conjunto da população, nem de forma afirmativa nem por via reflexa do controle, sob pena de violar a laicidade do Estado. (www.cartacapital.com.br/sociedade/o-comeco-de-uma-teocracia-no-brasil/)

Nossas lutas como homossexuais devem ser pautadas na informação. De nada adianta sair praticamente pelado na rua no dia da parada ou poder dar uns amassos na avenida em plena luz do dia e não saber o que está acontecendo no mundo da política. Temos que brigar por representatividade nas câmaras, no Senado. A busca pelos nossos direitos deve acontecer todos os dias.

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